Presos em roubo a carro-forte na PB são parte de quadrilha nacional, diz delegada
Um dos presos responde a quatro mandados, um no Paraná. Quadrilha já era investigada pela PF.
Por G1
PB 07/08/2018
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Armamento de grosso calibre foi apreendido com a quadrilha suspeita em assalto a carro-forte na Paraíba (Foto: Hebert Araújo/TV Cabo Branco)
Os quatro
presos suspeitos de participar do ataque ao
carro-forte na BR-230, em Cruz do Espírito Santo, integram uma
organização criminosa que atua em todo Brasil. De acordo com a delegada Karine
Torres, a quadrilha presa na cidade de Lucena, na Região Metropolitana de João
Pessoa na tarde de segunda-feira (6) era procurada nos estados do Paraná e Rio
Grande do Norte, além da Paraíba.
A explosão ao
carro-forte ocorreu na manhã desta segunda-feira no km 57 da BR-230, nas
imediações do município de Cruz do Espírito Santo. No início da tarde, porém, a
Polícia Militar confrontou o grupo de assaltantes em um sítio na cidade de
Lucena, onde ocorreu troca de tiros e posteriormente uma negociação. Por volta
das 17h40, a PM informou que, após quatro horas de duração, as negociações
terminaram e os quatro se renderam.
Ainda de acordo
com a Polícia Civil, a quadrilha presa em Lucena era investigada por polícias
de vários estados e Polícia Federal. “Eles continuarão as investigações na
tentativa de identificar os demais integrantes dessa organização”, explicou.
Segundo o capitão Bruno, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar,
comentou que o armamento apreendido com os suspeitos impressiona.
Metralhadora ponto 50, usada para
perfurar aeronaves, foi apreendida com os quatro suspeitos (Foto: Hebert
Araújo/TV Cabo Branco)
“É uma prática
dos elementos que atuam contra instituições bancárias utilizar esses armamentos
desses calibres. Foram apreendidos uma metralhadora ponto 50, usada para abater
aeronaves, vários fuzis 762, ponto 40 e pistolas 9 mm. Além disso, foram
recolhidas mais de 1.800 munições de fuzil”, detalhou o policial.
Ainda de acordo
com o policial militar, os suspeitos têm entre 25 e 34 anos e possuem vasta
ficha criminal, somente um deles tinha quatro mandados de prisão em aberto,
outros com mandados de estados do Sul e Sudeste. Há registros de atuação da
quadrilha nos estados vizinhos de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. Os
quatro presos são paraibanos, das cidades de Pombal, Bom Sucesso e Campina
Grande.
Carro-forte ficou completamente
destruído após ataque na manhã desta segunda na BR-230 em Cruz do Espírito
Santo (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Troca de tiros por uma hora
Ainda de acordo
com o capitão Bruno, comandante do Choque, pelo menos 30 policiais militares
trocaram tiros com os suspeitos por cerca de uma hora até que fossem abertas as
negociações. “Ao nos aproximarmos do local, fomos recebidos com uma intensa
quantidade de tiros. Reagimos e houve uma troca de tiros de mais de uma hora,
os policiais sendo agredidos com tiros de fuzil de diversos calibres”,
comentou.
Um policial
militar chegou a ser ferido de raspão na mão, mas permaneceu na ação e só foi
socorrido após a prisão dos suspeitos. De acordo com a Polícia Militar, nesta
terça-feira (7), ele passou por atendimento médico e passa bem.
Em meio às
negociações, os suspeitos fizeram exigências, algumas foram atendidas, como a
presença da imprensa, de advogados e da familiar de um deles. “Outras nós
rejeitamos por entender não tinha relação com garantia da integridade deles”,
comentou o capitão. No início da tarde desta terça-feira, os quatro suspeitos
foram levados da sede da delegacia do Grupo de Operações Especiais (GOE) da
Polícia Civil para o fórum criminal, onde passam por audiência de custódia.
Ataques contra carros-fortes na Paraíba no 1° semestre de 2018 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1
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